A professora não conceitua "aparelho psíquico". Buscando na internet, percebo que esse é o nome dado a um modelo de configuração da mente humana. No decorrer da aula, aparentemente a professora se baseia em Freud e Lacan.
A mente humana se configura com a conjugação de 9 fatores, distribuídos nos seguintes grupos:
1. Grupo um. Inconsciente, pré-consciente e consciente.
2. Grupo dois. Id, ego e superego.
3. Grupo três. Real, simbólico e imaginário.
A maneira como uma pessoa conjuga esses fatores é que vai qualificar a estrutura de sua personalidade (tema ainda a ser estudado, segundo a professora).
Vamos aos elementos citados.
Quanto ao grupo um. O consciente absorve tudo o que é simples e aplicável ao cotidiano de forma clara. Estar estudando agora é uma atividade consciente. O pré-consciente retém informações que podem ser facilmente acessadas pela memória (neste caso, a memória traz o material de pré-consciente para o consciente). A professora não explica o inconsciente, mas apenas o exemplifica. Pesquisando na internet, vi que o inconsciente se refere a duas pulsões que estimulam o corpo a produzir energia mental: a pulsão de vida e a pulsão de morte. A pulsão de vida se manifesta em situações amorosas ou prazerosas e a pulsão de morte se manifesta na agressividade ou na inércia. Também é possível que material do inconsciente passe ao pré-consciente (e, daí para o consciente). Mas essa passagem, segundo a professora, depende da "censura".
Quanto ao grupo dois. A professora exemplifica os fatores do id, ego e superego com essa figura:
O id é o desejo de prazer. Na figura, é o diabinho que diz para o Pluto comer algo que pertence a outro cachorro, porque é muito mais gostoso do que aquilo que ele tem comido. O superego é o responsável pelas questões morais, pela ética, pela observância das normas, representado pelo anjinho, que diz a Pluto que aquilo não lhe pertence. O ego é o eu, representado pelo próprio Pluto, onde se dá o balanceamento e o discernimento entre prazer e razão.
O grupo três foi o mais nebuloso de todos. Afirma a professora que o real é a fração de segundos de uma atuação. Não explica o que é o simbólico. Pesquisando na internet, vi que tais fatores são chamados de "registros psíquicos" e parecem ter origem em Lacan. O simbólico se refere à linguagem (que se vale, claro, de símbolos). A professora usa o exemplo de uma discussão verbal que se transforma em vias de fato, para mostrar que a discussão se dá no âmbito simbólico e as vias de fato no âmbito do real. Complemento esse exemplo, acreditando que o imaginário se refere àquilo que cada um dos sujeitos acredita ter acontecido quando se lembra desse momento da briga.
Em 2016, estou compartilhando as anotações que fiz sobre as aulas que assisti no curso IOB Concursos.
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