quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Aparelho psíquico: conceito e composição

A professora não conceitua "aparelho psíquico". Buscando na internet, percebo que esse é o nome dado a um modelo de configuração da mente humana. No decorrer da aula, aparentemente a professora se baseia em Freud e Lacan.

A mente humana se configura com a conjugação de 9 fatores, distribuídos nos seguintes grupos:

1. Grupo um. Inconsciente, pré-consciente e consciente.
2. Grupo dois. Id, ego e superego.
3. Grupo três. Real, simbólico e imaginário.

A maneira como uma pessoa conjuga esses fatores é que vai qualificar a estrutura de sua personalidade (tema ainda a ser estudado, segundo a professora).

Vamos aos elementos citados.

Quanto ao grupo um. O consciente absorve tudo o que é simples e aplicável ao cotidiano de forma clara. Estar estudando agora é uma atividade consciente. O pré-consciente retém informações que podem ser facilmente acessadas pela memória (neste caso, a memória traz o material de pré-consciente para o consciente). A professora não explica o inconsciente, mas apenas o exemplifica. Pesquisando na internet, vi que o inconsciente se refere a duas pulsões que estimulam o corpo a produzir energia mental: a pulsão de vida e a pulsão de morte. A pulsão de vida se manifesta em situações amorosas ou prazerosas e a pulsão de morte se manifesta na agressividade ou na inércia. Também é possível que material do inconsciente passe ao pré-consciente (e, daí para o consciente). Mas essa passagem, segundo a professora, depende da "censura".

Quanto ao grupo dois. A professora exemplifica os fatores do id, ego e superego com essa figura:

O id é o desejo de prazer. Na figura, é o diabinho que diz para o Pluto comer algo que pertence a outro cachorro, porque é muito mais gostoso do que aquilo que ele tem comido. O superego é o responsável pelas questões morais, pela ética, pela observância das normas, representado pelo anjinho, que diz a Pluto que aquilo não lhe pertence. O ego é o eu, representado pelo próprio Pluto, onde se dá o balanceamento e o discernimento entre prazer e razão.

O grupo três foi o mais nebuloso de todos. Afirma a professora que o real é a fração de segundos de uma atuação. Não explica o que é o simbólico. Pesquisando na internet, vi que tais fatores são chamados de "registros psíquicos" e parecem ter origem em Lacan. O simbólico se refere à linguagem (que se vale, claro, de símbolos). A professora usa o exemplo de uma discussão verbal que se transforma em vias de fato, para mostrar que a discussão se dá no âmbito simbólico e as vias de fato no âmbito do real. Complemento esse exemplo, acreditando que o imaginário se refere àquilo que cada um dos sujeitos acredita ter acontecido quando se lembra desse momento da briga.


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